Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)

Manchas roxas no meu filho, o que pode ser?

Existe uma doença hematológica, isto é, do sangue, que afeta adultos e crianças, mas os pequenos são mais afetados, deixando as mamães bem preocupadas. A púrpura, assim conhecida, se caracteriza por manchas roxas pelo corpo, daí o nome.

A púrpura trombocitopênica imune (PTI) é uma patologia comum na infância, ocorrendo numa frequência de 4 a 8 casos a cada 100 mil crianças por ano. O alvo maior são os pequenos na faixa de 3 a 7 anos de idade. Tem explicação esse ataque às crianças. Acontece por uma baixa nas plaquetas do sangue.

A mamãe percebe que apareceram lesões ou manchas roxas pelo corpo da criança que não tinha nada e sentia bem até então. Não há outras queixas. Não há febre ou anemia. A doença normalmente aparece depois de uma infecção viral ou vacinação. Se a baixa das plaquetas for grande, pode haver sangramento da gengiva e mucosas.

O diagnóstico é feito pela história relatada pela mamãe ao médico, pelo exame clínico, hemograma completo. É normal o médico pedir análise do esfregaço do sangue da criança.

Apesar do susto dos pais, o risco de morte é extremamente baixo. De 80 a 85% dos casos tem cura espontânea dentro dos primeiros seis meses. A PTI crônica na criança, que persiste por mais de seis meses, tem uma incidência estimada de 0,46 por 100 mil crianças por ano.

Cuidado sempre é bom – Como a remissão é espontânea, dentro dos seis primeiros meses o tratamento pode ser indispensável. Se houver necessidade, há um tratamento medicamentoso normalmente realizado com corticóides para melhorar os sintomas.

Em casos crônicos, 15% dos casos que não se curam espontaneamente, podem ser que uma esplenectomia (retirada do baço) seja indicada, principalmente para as crianças que não responderam aos outros tratamentos.

É uma doença benigna que precisa somente de atenção dos pais e médicos sem maiores preocupações.

Dicas

Procure imediatamente ajuda médica se aparecerem manchas roxas no corpo da sua criança.

Mesmo sendo uma doença sem maiores gravidades, o diagnóstico precoce e a intervenção médica são necessários.

As meninas têm incidência maior para serem portadoras crônicas da Púrpura.

 

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