Os riscos da exposição solar

Conheça alguns efeitos da exposição solar e como proteger a pele com segurança

Proteja seus filhos

O ser humano dispõe de mecanismos protetores naturais contra as radiações solares. Entretanto, estes são insuficientes e, por isso, torna-se necessário evitar o excesso de exposição ao sol e proteger adequadamente a pele, a fim de minimizar as lesões cutâneas causadas pela radiação solar, que é composta por 47% de ultravioleta B, 18% de ultravioleta A2 e 9% de ultravioleta A1.

Os filtros solares destinam-se a proteger a pele contra os efeitos nocivos do sol, os quais se expressam, a curto prazo, pelo desenvolvimento de eritema (vermelhidão) e, a longo prazo, por fotoenvelhecimento e/ou câncer de pele.

Os filtros solares estão se tornando, a cada dia, mais seguros, mesmo com o uso prolongado e, portanto, seu uso regular e abundante deve ser encorajado.

“A maneira mais comum de avaliar a eficácia de um filtro solar é a determinação de seu Fator de Proteção Solar (FPS)”.

Relação entre o FPS e a porcentagem de proteção proporcionada pelo protetor solar.

FPS
% de Proteção
2
50
4
75
8
87.5
16
93.8
32
96.5

Infelizmente, o FPS é, principalmente, uma avaliação dos efeitos da radiação UVB sobre a pele, não representando, portanto, os efeitos da radiação UVA, mesmo porque não existe, ainda, um método de determinação de FPS para a radiação UVA, aprovado pelo FDA (Órgão Americano que regulamenta a liberação de medicamentos), apesar do mesmo reconhecer que a proteção contra a radiação UVA é importante para a redução dos efeitos danosos do sol sobre a pele, assim como para a redução dos riscos em indivíduos com pele suscetíveis.

Ilustração mostrando como os raois UVA e UVB penetram na pele - foto: Tefi/ShutterStock.com

Quanto ao valor máximo de FPS recomendado, o FDA recentemente adotou a posição de que o FPS máximo dos filtros solares não deve exceder a 30, devido aos custos adicionais, e ao risco potencial de desencadear reações adversas, tais como sensibilização cutânea, devido ao aumento da quantidade de substâncias ativas necessárias para aumentar o FPS. Anteriormente, o FDA preconizava que o FPS máximo para os protetores solares não deveria exceder a 15, e estes produtos eram classificados como cosméticos, ao invés de medicamento.

Os filtros solares com valores de FPS (Fator de Proteção Solar) maiores que 30 representam a falsa idéia de “Super Proteção”, podendo levar a exposição desnecessária e imprudente, numa época em que os dermatologistas e os grupos de combate ao câncer de pele recomendam a aplicação diária de filtros solares para minimizar os efeitos adversos do sol.

Um protetor solar com FPS 30 bloqueia 96.5% da energia UVB incidente, enquanto que um protetor solar com FPS 40 aumenta este nível apenas para 97.5%, necessitando, entretanto, de 25% a mais de princípio ativo para atingir este ganho mínimo (1%). Um produto hipotético com FPS 70 aumentaria a proteção UVB para apenas 98.6%. O FDA adverte que o risco deste aumento adicional de princípio ativo é maior que os benefícios proporcionados pelo aumento da proteção UVB.

Outros fatores, como o ato de se esfregar ou enxugar com toalha, o suor, a imersão em água, e as atividades físicas, diminuem o FPS, mesmo das preparações resistentes à água ou à prova d’água. Fatores ambientais, não levados em consideração no momento da determinação do FPS ideal, tais como temperatura, velocidade do vento, e umidade, aumentam a capacidade da radiação UV de induzir danos, em uma exposição ao ar livre.

Os filtros solares químicos devem ser aplicados em todas as áreas do corpo que serão expostas ao sol, duas horas antes da exposição solar, para as preparações contendo PABA ou seus ésteres, ou 30 minutos, para as preparações contendo benzofenonas, salicilatos, antranilatos, cinamatos, dibenzoilmetanos, e outros.

Todos os filtros solares devem ser reaplicados após duas horas de exposição contínua ao sol, após mergulhos, exercícios físicos e transpiração excessiva.

Crianças e Bebês

Por fim, a exposição à luz solar na infância parece ser o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Cerca de 80% da exposição solar de toda nossa vida, ocorre nos 18 primeiros anos. Como os efeitos nocivos das radiações solares são cumulativas, ou seja vão se acumulando durante estes anos, recomenda-se a utilização de filtros solares diariamente, desde a infância.

O uso de protetores solares em crianças exige consideração especial, devido as suas características cutâneas peculiares e a maior proporção de área superficial com relação ao volume corpóreo.

O FDA não recomenda o uso de protetores solares, em crianças com menos de seis meses de idade, devido a sua maior absorção através da pele do bebê, e também pela possível dificuldade de ser eliminado pela imaturidade de seu sistema excretor. Após completar os seis meses, a pele da criança apresenta a mesma estrutura que a de adultos, e o FDA recomenda o uso de protetores solares com FPS de, no mínimo, 15.

É muito importante um aconselhamento com seu dermatologista, para que este identifique o melhor produto para o tipo de pele de seu filho.

Deixe um comentário