Infertilidade: de quem é a culpa?

Homens também têm dificuldade para “engravidar”

Especialista diz que causa da infertilidade é 40% deles e 40% delas.

A infertilidade atinge mais de 10% das pessoas entre 25 e 45 anos no mundo inteiro. Casais jovens, recém-casados ou mesmo quem já está casado há muito tempo e não consegue ter filhos sofre com o problema. Para muitos, o fato de não dar à luz um bebê é motivo de frustração profunda e até mesmo de crises conjugais. A desinformação ainda leva muitas pessoas a atribuírem às mulheres a “culpa” por não poder fazer a família crescer. Desconhecem que os homens podem apresentar problemas na mesma proporção que suas parceiras.

“A infertilidade não é causada exclusivamente por um problema na mulher ou no homem. Os motivos que costumam dificultar uma gravidez normalmente se referem a homens e mulheres em partes iguais, isto é, 40% associados a eles, 40% a elas e 20% ao casal”, diz Silvana Chedid, ginecologista especializada em Medicina Reprodutiva.

Segundo a médica, infertilidade significa dificuldade de se obter gestação após, pelo menos, um ano de manutenção de relações sexuais regulares, sem uso de métodos anticoncepcionais. Livres de preconceitos, homem e mulher devem buscar ajuda para resolver o problema e conseguir a tão desejada gestação.

“O homem pode ser investigado de maneira simples e quase sempre concentrada em um único exame: o espermograma. Ele avalia o número e a qualidade dos espermatozóides. Para que o exame seja considerado normal, é necessário haver um número mínimo de espermatozóides com motilidade rápida e forma normal. No caso da mulher, a investigação é um pouco mais ampla. Os exames fundamentais são: dosagens hormonais, ultra-sonografia transvaginal, e histerossalpingografia”, diz Silvana.

Em alguns casos, afirma a especialista, podem ser necessários exames um pouco mais sofisticados, como vídeo histeroscopia (para avaliação da cavidade uterina) e vídeo laparoscopia. “Quando o casal demora a buscar ajuda especializada e chega a um ponto de crise, é necessário, também, todo um acompanhamento psicológico. Afinal, o equilíbrio emocional é fator determinante no sucesso do tratamento”.

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