Hidrocefalia: aumento da pressão no crânio

O diagnóstico pode ser feito ainda durante a gravidez e melhoram as chances de obter melhores resultados no tratamento.

A hidrocefalia é uma doença neurológica perigosa e conhecida por “água no cérebro”, assim chamada devido ao acúmulo excessivo do líquido cefalorraquidiano (que funciona como proteção do cérebro e da medula espinhal). Explicando de uma forma mais simples, podemos dizer que o excesso de fluído contribui para a dilatação do crânio, gerando pressão enorme, em que a cabeça pode ficar com tamanho muito maior do que o normal.

Esse inchaço na cabeça pode resultar sérios problemas às crianças porque compromete o funcionamento adequado do cérebro e, consequentemente, do corpo.

É possível que a criança afetada tenha dificuldade em tudo que o cérebro comanda: aprendizagem, raciocínio, fala, memória, noção de tempo, entre outros.

A hidrocefalia pode ser consequência de uma meningite, assim como em virtude de tumores cerebrais, cistos, hemorragias no cérebro ou traumatismos craniano. As causas também podem ser relacionadas à genética (hereditária) e nascimento de prematuros.

Não existem medicamentos capazes de acabar com a hidrocefalia. Podem ser feitas drenagens, em que o líquido é extraído. Esses são tratamentos temporários, mas que não vão erradicar a doença. A Derivação Ventrículo Peritoneal é uma cirurgia que consiste na implantação de uma válvula no crânio para drenar o líquido, reduzindo a pressão intra craniana.

“Atualmente não existem meios para prevenir a doença, mas as mães podem evitá-la ingerindo ácido fólico antes de engravidar”, informa a neurocirurgiã Nelci Zanos, do Hospital São Luiz, de São Paulo.

Sintomas da Hidrocefalia

Os sintomas variam conforme a pessoa. Em crianças de até um ano, o sintoma mais comum é o crescimento exagerado da cabeça. Outras características são irritabilidade, sonolência, atraso no desenvolvimento psicomotor e dificuldade para enxergar.

“Já em crianças a partir de um ano, os sinais são semelhantes aos dos adultos, como dores contínuas de cabeça associadas a vômitos (geralmente noturnos e matutinos), além de dificuldades para caminhar e dormir”, diz a neurocirurgiã do Hospital São Luiz.

Caso a anomalia seja detectada ainda na gravidez, aumenta-se a chance de um tratamento mais eficaz. Portanto, mãe, faça pré-natal corretamente.

 

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