Divórcio sem traumas: sonho ou realidade?

A separação exige uma mudança na maneira de funcionamento das famílias, provocando uma nova definição da vida familiar.

Sabe-se que o divórcio é uma espécie de ruptura no sistema familiar, trazendo uma série de mudanças na estrutura e nos relacionamentos, tanto para o casal quanto para os filhos. Quando um divórcio acontece, pressupõe-se que já se esgotaram todas as possibilidades de convivência. Os conflitos não puderam ser resolvidos e as crianças, por menores que sejam, percebem o nível de tensão emocional entre os pais.

A separação exige uma mudança na maneira de funcionamento das famílias, provocando uma nova definição da vida familiar. Esse período é extremamente delicado e torna-se primordial um tempo considerável de reorganização.

Os pais precisam compreender que o término do vínculo a dois, apesar de ser difícil e delicado no começo, pode ser a garantia da qualidade das relações de convivência entre os familiares. Para isso, é importante dedicar o máximo de tempo às crianças durante o processo. Quanto melhor o casal souber lidar com suas diferenças e quanto mais seguros estiverem sobre suas decisões, estarão mais preparados para lidar com confiança nas questões dos filhos.

No momento da separação, é freqüente a dúvida dos pais em relação à atitude que devem tomar: contar ou não contar a verdade às crianças? De acordo com a psicóloga Fernanda Menezes Mendes, a verdade é sempre libertadora. “Ela dá segurança, apóia e sustenta, mesmo em um momento difícil como este”.

Segundo ela, conversar é o melhor remédio. “São preciosos para os filhos todo o tempo e atenção que puderem ser dispensados a eles, com conversas francas e as explicações necessárias sobre tudo o que está acontecendo”, completa. É comum que as crianças tenham, nesses momentos, a sensação de perda e fiquem fragilizadas com a situação, devido à ausência de um dos pais em casa. Portanto, é comum aumentar o nível de exigência da atenção de quem fica.

Independente do estágio em que ocorre o divórcio, se os filhos são bebês ou um pouco maiores, a mãe e o pai precisam ter claro, sempre, que são os responsáveis pelos pequenos, ou seja, o papel dos pais não muda em nada com a separação.

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