Brincando na areia longe do bicho geográfico

Não tem nada melhor que brincar na areia, na terra ou em gramados, mas devemos tomar alguns cuidados para que os pés ou o bumbum das crianças não vire um mapa de coceira.

Dias quentes e ensolarados são ideais para passeios ao ar livre com as crianças, principalmente na areia da praia e no verão. Os pequenos adoram fazer casinhas, montinhos ou outras travessuras, se sujando todo. Essa divertida descontração, porém, pode trazer problemas especialmente para a meninada se alguns cuidados não forem tomados.

Uma das preocupações que esses passeios em praias ou parques podem trazer é o conhecido “Bicho Geográfico”. A larva migrans (Bicho Geográfico) é um parasita intestinal de cães e gatos. Aí vem o perigo: esses animais frequentam e defecam nos parques gramados, tanques de areia e praias. Qual criança não gosta de se esbaldar na terra, se transformando num “bife à milanesa”, de tanta areia no corpo?

Criança brincando na caixa de areia - Foto: Pavel L Photo and Video/Shutterstock.com

Pois então, as larvas das fezes dos animais presentes na areia em contato com a criança penetram na camada superficial da pele. A larva caminha deixando seu rastro como um mapa na pele, por isso do nome “Bicho Geográfico”.

O rastro deixado pela larva na pele é de cor vermelha, de fácil reconhecimento e é acompanhada de muita coceira. Quem já teve sabe o quanto incomoda. A criança pode ficar muito irritada, não conseguindo dormir.

Os locais atingidos mais comuns são os pés e o bumbum devido ao maior contato das crianças com as áreas infectadas pelas larvas. O problema é que a coceira pode oferecer maior risco de infecções secundárias das lesões.

O tratamento é realizado com uso de pomada tópica em casos mais brandos. Se a lesão for extensa, medicação de uso oral pode ser receitada pelo médico.

Prevenções – Para evitar o “Bicho Geográfico” é importante que os pais tomem alguns cuidados. Use cangas, toalhas ou um pano para que a criança brinque com mais segurança.

Em áreas de praia, os locais próximos à calçada são mais perigosos, porque a circulação de animais é muito maior. Evite também os “cantinhos”, ou seja, as áreas com terra com pouquíssima circulação onde os donos costumam levar os animais para despejar os dejetos.

É bom evitar que os pimpolhos brinquem descalços e em lugares que cães e gatos utilizam para defecar. Não é à toa que a presença de animais em praias é proibida por lei.

Com o “bicho geográfico”, o melhor remédio é a prevenção. Recolha as fezes de seu cão e não o leve para passeios nas praias. Estimule que as outras pessoas façam o mesmo diminuindo a possibilidade de infecções.

Ver um cachorro brincando com o dono na praia pode até parecer bonito, mas não é nada saudável à população.

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